segunda-feira, 7 de setembro de 2015

ENTREVISTA COM LINCOLN HEIN: "NÃO EXISTE NADA MAIS ATIVO DO QUE A CONTEMPLAÇÃO"

O especialista em canto gregoriano Lincoln Haas Hein concedeu uma entrevista ao grupo estável de fiéis de Guarapuava, na ocasião da sua vinda para a IIª Oficina de canto gregoriano. A brevidade da entrevista não prejudica em nada a riqueza das respostas. E se o tema aparentemente pertence a uma "elite" de fiéis capaz de cantar ou apreciar um gênero musical tão desconhecido da maioria—muito mais pelo desaparecimento do gregoriano das paróquias do que pela sua dificuldade inerente—, maioria esta que só poderia participar ativamente da Liturgia se os cânticos forem populares e em vernáculo, a resposta do professor Lincoln é categórica: "não existe nada mais ativo do que a contemplação".

Nisso ele faz eco a um recente artigo, datado do dia 12 de junho de 2015, escrito pelo Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, para quem a participação ativa: "[...] não deve [...] ser concebida como a necessidade de fazer alguma coisa"; pois ela: "[...] consiste em tornar-se o instrumento de Cristo [...]". Logo, diz ainda o Cardeal citando a Sacrosanctum Concilium: "Na Igreja, 'a ação é ordenada à contemplação'". O canto gregoriano, sendo o canto orante por excelência, consequentemente é o que mais conduz à verdadeira "participação ativa" dos fiéis; razão pela qual a sua primazia deve ser não apenas de direito mas também de fato, através da sua promoção e difusão nas paróquias.

Este grupo de fiéis, promovendo o Rito Romano tradicional, faz a sua parte na difusão do canto gregoriano na Diocese, como nos bem pede o Magistério da Igreja.

Os nossos agradecimentos ao Lincoln Hein pela entrevista e ao Museu Histórico Visconde de Guarapuava por nos ter cedido o seu espaço.

2 comentários:

  1. Na entrevista comentei que conheci o canto gregoriano com uma maestrina em Curitiba, gostaria de ser justo e agradecer mencionando aqui a luta constante da maestrina Maria Madalena Wagner pela difusão do canto gregoriano e pela restauração de sua utilização na liturgia inclusive em mosteiros que o haviam abandonado. A ela devo uma iniciação no canto gregoriano e um suporte contínuo como amiga que trabalha no mesmo campo e batalha no mesmo apostolado.

    ResponderExcluir
  2. Na entrevista comentei que conheci o canto gregoriano com uma maestrina em Curitiba. Gostaria de ser justo e agradecer à ela que me iniciou no canto gregoriano mencionando aqui a luta constante da maestrina Maria Madalena Wagner pela difusão do canto gregoriano inclusive pela sua restauração em mosteiros que o haviam abandonado.

    ResponderExcluir