O Vigário da Matriz, Padre José Vinggen, ajoelhado aos pés do Papa Pio XII. Atrás, o Cardeal Leme e o Bispo de Ponta Grossa, Dom Antônio Mazzarotto, no tempo em que Guarapuava ainda não era Diocese.
Enquanto em boa parte do território brasileiro o clima se divide em estação seca e estação chuvosa, a região de Guarapuava pode dizer que conhece o que é o inverno, época geralmente de temperaturas mais baixas, de geadas e, de quando em quando, de neve.
Em tempos de decadência religiosa e moral, o Inverno traz um alívio para os católicos bem instruídos na Religião: é o período no qual a virtude da modéstia sofre menos ataques na rua e na igreja, porque o frio obriga a quem sai de casa a se agasalhar e se cobrir. Não que os princípios da modéstia sejam seguidos à risca, mas pelo menos o mal é menor; afinal, é por necessidade, e não por virtude, que certos escândalos nos trajes são evitados.
"Jam enim hiems transiit; imber abiit, et recessit. Flores apparuerunt in terra nostra" [Eis que o inverno passou, cessaram e desapareceram as chuvas. Apareceram as flores na nossa terra], diz o livro dos Cânticos dos cânticos (II, 11-12) anunciando a primavera. Mas com a beleza das flores refloresce também a indecência de muitas vestimentas, as quais, contrariamente às primeiras, desagradam muito a Deus. "Virão modas que ofenderão muito Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus não devem seguir essas modas. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo", disse a Santíssima Virgem à beata Jacinta Marto em Fátima, nas aparições de 1917.